A passagem para o Novo Ano –  iniciando o próximo ciclo

A passagem de um ano para outro dentre muitas coisas tem um aspecto mágico, iniciamos um novo ciclo de 12 meses, e o inicio desse ciclo promete a possibilidade de um novo início.

Aproveitamos esse momento para fazer uma introspecção, avaliando o ano que passou, e planejando para melhorar no próximo ano em alguns aspectos, nos quais estamos insatisfeitos. É o momento de iniciar uma nova dieta, fazer mais esportes e cuidar assim mais da saúde, ou iniciar atividades na área profissional ou de relacionamentos. Estamos cheio de entusiasmo, que esse ano vai ser tudo melhor.

Se avaliamos nossos avanços e desafios nas áreas sociais, econômicas e ecológicas, em geral parece tudo caótico, quando não um desastre total. Temos boas intenções e acreditamos, que poderíamos fazer tudo bem melhor e que não precisava ter tanta fome, violência, guerras e destruição. Então por que estamos juntos criando um mundo, que ninguém quer?

Uma explicação é que estamos fixados no que não queremos, e ainda não sabemos, o que realmente queremos. Mas estamos num ciclo de conscientização e renovação, e das crises nascem soluções, que estão se concretizando em profundas mudanças da nossa forma de pensar e nos relacionar.

Uma questão central é agora saber, o que queremos plantar e comer no futuro. Queremos nos alimentar de produtos cada vez mais industrializados, que nos deixam doentes e envenenam o planeta? Queremos uma paisagem de monoculturas, dominadas por maquinas, onde as pessoas não têm espaço?

Seguro que não, – e sabemos, que existem alternativas. Somente a biodiversidade e o manejo ecológico dos agroecossistemas podem ser sustentáveis a longo prazo, como aprendemos dos povos indígenas e campesinos. Que falta para criar políticas e estruturas, que sustentem a agricultura familiar ecológica e viabilizem a sobrevivência das famílias no campo? Porque financiamos com recursos públicos um sistema, que está nos mantendo como reféns, dependentes das ofertas dos supermercados? Que está provocando o desmatamento das florestas, o envenenamento dos campos e rios e a destruição das comunidades rurais?

Talvez você diz agora, que sabe disso, mais não pode fazer nada. Já não pode se alimentar de outra forma, e que não tem como se opor a esses sistemas. Por isso queremos iniciar um processo de busca, experimentos e descobertas, no qual vamos mostrar, que podemos provocar – ou como disse Gandhi – ser a mudança, que queremos ver no mundo.

Nossa visão para o ano 2017 é a formação de uma comunidade, que aprende junto e se ajuda na mudança dos hábitos alimentares, das suas relações com o campo e na ampliação dos movimentos sociais, que estão trabalhando na transição agroecológica dos sistemas agroalimentares.

Em janeiro estamos gravando alguns diálogos com especialistas sobre agroecologia e soberania alimentar, que formam parte da base científica e prática para os movimentos sociais. Do 28 de janeiro ao 3 de fevereiro serão emitidos durante o encontro online Campo, Comida & Cidadania.

Final de fevereiro vamos iniciar o curso “transformando você, a agricultura e o planeta”. Será a primeira edição de um curso online e interativo, como um laboratório de aprendizagem em ação, com o qual queremos estimular a interação e atividades em conjunto entre os/as participantes. Em breve vamos disponibilizar mais informações.

Dessa forma vamos iniciar um processo aberto, liderado da visão ou utopia de uma sociedade, na qual as relações entre campo e cidade são justas, que prática uma agricultura sustentável e produz alimentos sem a exploração de animais e recursos naturais.

Se essa proposta te atrai e quiser saber mais, inscrevá-se para receber o informativo Notícias da Terra e participar do encontro. Assim vai receber todas as informações, receberá o Guia do encontro e desde já pode iniciar as suas atividades.

Até final de janeiro propomos uma primeira tarefa, em preparação para sua transformação pessoal, que é a parte mais importante para a mudar o sistema agroalimentar.

Inicie esse novo ano observando a sua alimentação.

Você pode simplesmente prestar mais atenção, se quiser anote tudo em um caderno, ou pode fazer um passo a mais e pesquisar na internet:

De onde vem esses alimentos, que está colocando diariamente no seu prato?

Aonde comprou, aonde foram produzidos, e por quem?

Quais são os ingredientes e seus efeitos no seu corpo?

Dessa forma estará preparado para o encontro com os/as especialistas final de janeiro, aos quais poderia fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas.

Por enquanto é isso, desejamos que viva esse ano com muita saúde, prosperidade e pensamentos positivos para construirmos juntos o mundo como o queremos.

 

Um Feliz 2017, cheio de realizações agroecológicas

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