Agroecologia

ciência, movimento e prática

Ciência:

A agroecologia é uma ciência emergente, considerada uma disciplina híbrida que surge da integração entre agronomia e ecologia, além disso se alimenta de muitas outras disciplinas afins. Na sua visão sistêmica e holística considera os agroecossistemas como unidade, que é manejada seguindo os princípios ecológicos que foram estudados aos exemplos vivos de povos tradicionais.

Os pioneiros foram Miguel Altieri, Clara Nicholls e Stephen Gliessmann, que estudaram comunidades antigas na América Central, e observaram suas formas de manejo desenvolvido ao longo do tempo, permitindo a preservação dos agroecossistemas e a sua sobrevivência ao longo de séculos. Suas investigações formaram a base para o desenvolvimento da agroecologia como ciência, hoje ensinada em várias universidades ao redor do mundo.

Apresentação do Movimento Sem Terra no VII Congresso Brasileiro de Agroecologia

Movimento:

A agroecologia oferece para os movimentos do campo os fundamentos teóricos para defender a soberania alimentar e justiça social nos territórios.

Não se limita a tecnologias adaptas, sendo que as dimensões econômicas, sociais, políticas, culturais e éticas tem como objetivo a construção de relações justas e solidárias, com respeito às diversidades culturais.

Por tanto implica a construção de um sistema econômico que sirva às pessoas, aos territórios e à natureza, e de uma democracia ecológica, orientada na preservação da vida.

Grafico: Fernando Lima

Práticas

Assim sendo, agroecologia são as práticas do manejo ecológico para a preservação dos agroecossistemas e da biodiversidade, propondo diferentes formas de agriculturas sustentáveis, as práticas de uma economia solidária e justa, do consumo consciente, da participação na formulação das políticas e das diferentes expressões culturais.

Na prática, a agroecologia não pode coexistir com o sistema agroquímico industrial, que ainda é considerado como “agricultura convencional” pela incompatibilidade na sua lógica e do seu projeto de desenvolvimento.

A agricultura na encruzilhada

A Avaliação Internacional das Ciências Agrícolas e da Tecnologia para o Desenvolvimento (IAASTD, na sigla inglesa) sobre a situação global da alimentação, chegou a conclusão que “seguir da mesma forma não é uma opção.”

Por iniciativa do Banco Mundial e das Nações Unidas foram convocados 400 cientistas e pesquisadores para estudar as opções para a agricultura. Em seu relatório final “Agriculture at a Crossroads” (2009) exigem a mudança para um novo paradigma na agricultura como inevitável, imperativo e urgente.

Sua mensagem central é o reconhecimento da agricultura campesina e do seu potencial de produção ecológica de alimentos, para a qual demanda o apoio dos governos para a transição agroecológica como algo imprescindível para garantir a segurança e a soberania alimentar dos povos.

O relatório registra a grande riqueza das experiências agroecológicas e seu enorme potencial para aumentar a produção, preservar a resiliência dos agroecossistemas, animar a economia local, melhorar a saúde e assegurar o bem estar das pessoas.

Em 2013 a UNCTAD publicou o relatório: “Acorda antes que seja tarde”, alertando sobre a urgência de apoio para a transição a uma agricultura sustentável para garantir a segurança alimentar frente às mudanças climáticas.

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