Vivemos rodeados por produtos alimentares durante 24 horas por dia, numa abundância até absurda, enquanto pelo outro lado ainda entorno de 800 milhões de pessoas não tem acesso diariamente a alimentos básicos. Desperdiçamos um terço dos alimentos, mais do que o necessário para acabar com a fome no mundo, enquanto a cada 5 segundos morre uma criança por causas relacionadas à subnutrição.

Para a maioria das pessoas o que comer virou um dilema nesses tempos. Algúns acordam sem saber, como conseguir algo para encher a sua barriga e a dos seus filhos nesse dia. Outros comem o dia todo sem pensar muito, ou estão seguindo alguma dieta por causa do sobrepeso e problemas de saúde.

 

A pandemia pela malnutrição

No Brasil, cada terceira pessoa é obesa e existe uma pandemia no mundo de doenças relacionadas aos hábitos alimentares. Alergias alimentares, diabetes e até câncer são provocados por algum desequilíbrio no que se come.

Esse dilema atinge sobretudo a população nos centros urbanos, no campo são ainda os cultivos locais e de época, que definem o prato do dia-a-dia, mesmo assim existem muitos problemas de desnutrição, e em algumas cidades do interior se consomem mais salgadinhos industrializados e batatas fritas do que as verduras e frutas da região.

Muitas pessoas não tem o hábito de consumir verduras e frutas regularmente, além do milho e feijão, arroz e pão, que se come diariamente, junto a alguma carne. Em muitas cidades ficou até difícil encontrar produtos locais e os supermercados ou mercadinhos estão cheios de produtos industrializados, preparos rápidos e congelados.

A (re)descoberta dos alimentos nutritivos

O corpo humano é uma maravilha, consiste na colaboração entre milhões e milhares de células, microrganismos com bactérias, formando um ser que respira, anda, sente, pensa, ouve e vê. Essas células e microrganismos precisam ser alimentados para poder cumprir suas funções e podermos ser saudáveis e cheio de energia.

Pouco a pouco, cada vez mais pessoas estão descobrindo as funções dos alimentos, muitas já eram conhecidas pelos ancestrais e povos tradicionais, confirmadas agora por pesquisas científicas, que mostram os efeitos dos alimentos sobre a saúde.

Os mercados para produtos saudáveis estão crescendo, como os “superfoods” que são alimentos ricos em certos minerais, micro substâncias ou antioxidantes. Contam entre estes o açaí, que vive um verdadeiro boom, algas, guaraná, sementes e nozes em geral, várias frutas tropicais e as verduras.

Enquanto algumas empresas lutam contra projetos de legislação que querem forçar elas a informar aos consumidores com selos e advertências nos produtos sobre seus efeitos nocivos, outras oferecem também linhas diet e adicionam fibras, ferros, vitaminas e minerais aos produtos como pão ou iogurte.

 

Passar mais tempo na cozinha do que na sala de consulta

Sem dúvida, as grandes empresas e cadeias de supermercados dominam o mercado, eliminam concorrentes e definem cada vez mais o que se come no país. Corremos risco de ficar na mão de poucas empresas, que poderão decidir quem come e o que come.

Com tudo, quem vai comprar comida e decide o cardápio da família precisaria fazer uma pesquisa por horas para ler e entender os ingredientes no supermercado e acaba escolhendo pelo preço, procurando por ofertas e comprando o que é anunciado nas propagandas como saudável.

Ao final, mesmo comendo muito podemos ficar desnutridos e com fome porque faltam os micronutrientes que o corpo precisa. É, portanto, muito importante preocupar-se com a sua alimentação e da dos seus entes queridos. Isso vai fazer a diferença entre uma vida bem vivida com muita saúde ou uma morte lenta com doenças crônicas, tratamentos infinitos e altos gastos com medicamentos.

Procure produtos regionais frescos da agricultura familiar ecológica, produtos menos processados possível e com poucos ingredientes. Nada melhor do que uma comida caseira, vale a pena passar seu tempo na cozinha, em vez de ficar esperando numa sala de consulta. Que os alimentos sejam seu remédio!

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